22.5.11
E de repente tudo muda, de uma hora pra outra, como numa ópera de sabão do J. E. Carneiro. E ainda, fugindo de sonhos ruins, acorda-se para dejavus de horror, só que, a vida não é filme. Dá pra roteirizar minimamente, mas tudo pode acontecer independente do esboço que você rabiscou pra enquadrar melhor os dias que morrem tão rápidos e contínuos contigo no meio, meio que alvo, meio que irremediavelmente coadjuvante, mesmo sendo você capaz de se enxergar de maneira diferente, se colocando no centro das coisas como faz o Whitman na poesia. O problema é que em poucos segundos de reflexão séria, não se escapa de constatar a própria pequenez, vulnerabilidade, fragilidade, irrelevância, etc. É um baque. Mas depois disso se tira uma força maior pra continuar fluindo more aware da própria capacidade. Uma megalomania bonita como a de Whitman realmente tem um efeito de iluminação, encanto e tudo, mas o depois, o reverso é meio que desolador, devastador, passo derradeiro no cadafalso.
I'm just the same but brand new.
11.5.11
de novo apareceu e se movia"
K. Kávafis
Cabei de ver esses versos do K. na ótima revista de literatura traduzida n.t.
Download.
Assinar:
Postagens (Atom)