Minhas canetas desaparecem sem mais nem menos. Desatenção? Desapego? Quando me ligo nelas, sem dar chance para colegas cleptomaníacos, ou desconhecidos próximos mãos-bobas, elas param de funcionar. Pessimismo?
Desengano: comprei velas aromáticas sem aroma. Baunilha,canela, maçã verde, quando queimam, não cheiram.
Coleciono bichos punheteiros. Um sapo, um macaco, um anão. Perguntaram-me pelos nomes. Eu disse não têm nomes. Disseram-me para pôr nomes. Eu disse eu não. Por que? Calei e mudei o assunto. Cada um com a sua. Relendo livros (na falta de sexo), escutando cds antigos (na falta de saco pra reler livros), anotando essas coisas que nem sei mais pra que servem. Um dia pensei que equilibrava o baque da metamorfose. Mas equilibra o que nem vou dizer que equilibra pra não ofender a mim mesmo. Esse ano foi um ano de cor vermelha, daí, a simbologia corriqueira dessa cor tem de ser ampliada para enquadrar o nosso caso.
Um comentário:
Sapunheta e Macaco-Bronha. Quanto às canetas, aquela não é italiana, tu podias ter roubado a do garçon.
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