Back to classes, teaching Hemingway in a smalltown, up in the mountains, north of state. This place reminds me of nicaragua or costa rica and i don't know why because i've never been in such places. Maybe it's because of the green bright tropical landscape up here, totally different from the scenery down in arid, hot sobral surroundings.
Hills like white elephants, the story we read yesterday night, has this coincidental setting. Just that, as i have pointed out, the hills around here are green. And when we are coming up, in a shabby wagon adapted with wood seats in the back to transport as much people as it is possible, there is a fantastic smell of bush, or wood, i don't know exactly what it is, nor people who i have asked know which smell it is. I think it is cedar, it feels like cedar perfume my brother used to wear.
Teaching English Literature to people who barely know the language is a pain, but money talks. As always i get moved with students. Their trying to overcome obstacles, canyons, to be there and get something with their courses. They are simple, sincere and nice. I'll post some photos of the school later. It's an old building. By the road there's a house dating from 1927, it is marked on its front.
It's funny the difference of behavior if one compares average people here and from my own city. Fortaleza is large and so but most of people there are from places like this, in the countryside, like my parents. Here, the nice, affectionate approach is part of the social code. Whereas in Fortaleza, it is not like this anymore.
There is an eating arena, made of three tiny restaurants. Solange, the owner of the one I always go, welcomes me warmfully and calls me professor. She served me meat covered with mashed potatoes, that was delicious. Low job people that go there always nod to outsiders like myself. Civil servants or any other chump with a good position fakes noticing others around, just like in my town.
I read some stories from Gilberto Noll's A Maquina de Ser, after lunch. Yeah, I'm liking it. I like the oddness this author seems to like. Stories are really short, like a fragment or a sophisticated summary for real short-stories... them feel a little awkward, and good.
While still there I noticed a pretty gay kid wearing lilac pants and golden yellow shirt. He seemed too young even for the thought of flirting. He's already fag voiced, and likes to be the spot. It's the second gay emo kid I find here... wait, he could be my Cadmo... No, i'll never satisfy with just contemplating as the man in Mann's novel. The lilac pants boy closed down the shop he was and went away with some girls. He was carrying some Clarice Lispector book.
Today I will use this video for discussion:
30.8.11
28.8.11
beloved Whitman
Agonies are one of my changes of garments,
I do not ask the wounded person how he feels, I myself become
the wounded person,
My hurts turn livid upon me as I lean on a cane and observe.
23.8.11
sobre a promiscuidade: "descoberta do novo, criatividade" - Tim Dean, Bareback Sex - Unlimited Intimacy.
"death is the only good of which death cannot cheat us, once we have begun to live sexually. To die after a year of sexual happiness is no sadder than to die after thirty years of it" - Susan Sontag - Reborn
sobre a tradução: "It's better to have a live sparrow than a stuffed eagle" - Edward Fitzgerald. Ou seja, melhor o texto traduzido que pareça vivo, presente. Evitar recriar o texto com arcaísmos, etc.
na cabeceira: um panorama visto da ponte (a view from the bridge) - Arthur Miller. tradução: José Rubens Siqueira. Apesar do título ter ficado esquisito em português, o texto flui rápido e bem. Conservaram no corpo do texto a letra original de uma música, "Paper Doll", que começa assim: "I'll tell you boys it's tough to be alone".
É cantada por um personagem italiano louro, bonito e faminto, Rodolpho, que vai se abrigar numa favela próxima das docas de nova iorque. O pobre no centro do drama contemporâneo > Arthur Miller.
Alemão é tão difícil quanto islandês e polonês, mais difícil que romeno, inglês e as línguas latinas porém mais fácil do que o árabe e o mandarim, por exemplo. Numa escala de dificuldade de 1 a 6 para nativos de português, o alemão está em 3. Na posição 6 fica o !xóõ, falado por 2 mil pessoas em Botsuana. No segundo semestre de alemão, uma dúvida persiste: a grosseria é um traço cultural importado pelos professores ou seria um aspecto inato, cearense mesmo? Eu e Lucíola Limaverde ainda não formamos opinião.
"death is the only good of which death cannot cheat us, once we have begun to live sexually. To die after a year of sexual happiness is no sadder than to die after thirty years of it" - Susan Sontag - Reborn
sobre a tradução: "It's better to have a live sparrow than a stuffed eagle" - Edward Fitzgerald. Ou seja, melhor o texto traduzido que pareça vivo, presente. Evitar recriar o texto com arcaísmos, etc.
na cabeceira: um panorama visto da ponte (a view from the bridge) - Arthur Miller. tradução: José Rubens Siqueira. Apesar do título ter ficado esquisito em português, o texto flui rápido e bem. Conservaram no corpo do texto a letra original de uma música, "Paper Doll", que começa assim: "I'll tell you boys it's tough to be alone".
É cantada por um personagem italiano louro, bonito e faminto, Rodolpho, que vai se abrigar numa favela próxima das docas de nova iorque. O pobre no centro do drama contemporâneo > Arthur Miller.
Alemão é tão difícil quanto islandês e polonês, mais difícil que romeno, inglês e as línguas latinas porém mais fácil do que o árabe e o mandarim, por exemplo. Numa escala de dificuldade de 1 a 6 para nativos de português, o alemão está em 3. Na posição 6 fica o !xóõ, falado por 2 mil pessoas em Botsuana. No segundo semestre de alemão, uma dúvida persiste: a grosseria é um traço cultural importado pelos professores ou seria um aspecto inato, cearense mesmo? Eu e Lucíola Limaverde ainda não formamos opinião.
18.8.11
Até agora o que mais gosto em estudar alemão é ter que estudar.
Uma amiga me deu Billy Collins e retribui com Wit, do Mike Nichols. Ficou a cara de quem só curte dark sides. Mas o legal de Wit é que o teatro no vídeo parece viável. Sem falar na aparição de Harold Pinter como o pai de Emma Thompson. Pareceu desproporcional ficar com Billy Collins que é light, gostoso de ler e dar de volta uma boa atuação sobre a morte. Mas pensei só na performance, na imagem do Pinter, no teatro na tela, na mulher especialista em morte na poesia, morrendo de câncer, sendo tratada por um ex-aluno que virou um médico tão competente e profissional quanto ela foi, só que cego para o que está fora de sua atuação, como o sofrimento físico dela. Do mesmo modo como ela foi um dia - pelo menos com um de seus alunos. M. Cunningham cita essa espécie de dia da caça com G. Stein na abertura de Laços de Sangue.
Wit, As Invasões Bárbaras - carreira acadêmica - doença terminal - expiação - morte.
Uma amiga me deu Billy Collins e retribui com Wit, do Mike Nichols. Ficou a cara de quem só curte dark sides. Mas o legal de Wit é que o teatro no vídeo parece viável. Sem falar na aparição de Harold Pinter como o pai de Emma Thompson. Pareceu desproporcional ficar com Billy Collins que é light, gostoso de ler e dar de volta uma boa atuação sobre a morte. Mas pensei só na performance, na imagem do Pinter, no teatro na tela, na mulher especialista em morte na poesia, morrendo de câncer, sendo tratada por um ex-aluno que virou um médico tão competente e profissional quanto ela foi, só que cego para o que está fora de sua atuação, como o sofrimento físico dela. Do mesmo modo como ela foi um dia - pelo menos com um de seus alunos. M. Cunningham cita essa espécie de dia da caça com G. Stein na abertura de Laços de Sangue.
Wit, As Invasões Bárbaras - carreira acadêmica - doença terminal - expiação - morte.
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