3.6.09

5 minutos

Quixadá é aqui. Familiar e estranho. Medina cearense, como todas as outras. Barulho barulho.
Quando entrei no quarto do hotel, ri de surpresa. Pequeno, cama velha de madeira pintada de branco, uma cadeira vermelha de ferro dessas de bar. Um ventilador sem tela. O trinco da porta removível. Um buraco no teto de gesso tapado com sacola de supermercado. Uma janela com um posto de gasolina logo em baixo. Um corredor muito longo com duas aberturas para a construção de mais quartos não concluídos, mas que dá para ver um monólito gigante ao fundo. Um jovem casal gay em lua de mel no quarto ao lado. Ouvi um grito na primeira noite. Alegria, dor, as duas coisas?
O cara da recepção se chama Chagas. Peguei ele duas vezes de surpresa bem extrovertido, molecando com um mecânico, que deve trabalhar no posto. Ao me ver Chagas se fecha.

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