18.6.09

A arte de andar de bicicleta

Aula de leitura em prosa inglesa. Abri com Shirley Jackson, The Witch; After You, My Dear Alphonse; e Charles. As horas de um dia inteiro gastas com prazer para elaborar o todo da aula. Resultado: como hoje em dia ninguém mais se detém nesse tipo de brincadeira, mesmo que se entregue os pontos e mostre o detalhe que salva um determinado texto do ordinário, nada brotou da leitura -discussão, aprofundamento, pensamento, inquietação, dúvida, ou incômodo - que serviu apenas para exercício de compreensão. Para variar vibrei sozinho.

Fiquei em outro quarto do hotel essa semana. Maior e pior que o anterior por causa do mofo numa parede. Dentro dele dormi apenas duas noites, ouvindo Chan Marshal. O mesmo quarto que o casal em lua de mel dormiu duas semanas atrás. Dormi na mesma cama de casal que eles dormiram - miseravelmente sozinho, morrisseymente - e só pensei nesse detalhe no instante em que entrei e vi a cama. Depois disso apenas dormi, acordei e fui direto trabalhar.

Percebi nessa semana um aviso dentro do ônibus de ida pra Quixadá com os nomes do motorista e da mulher que serve de assistente. Não sei definir a função dela. Ela vende comida e bebida e cobra passagens de quem sobe no meio do caminho. E informa que estamos num ônibus classe executiva, com menos paradas pelo meio do caminho, e portanto com trajeto mais rápido. Passagem mais cara. Ele se chama Pordeus Carlos. O nome dela esqueci mesmo, mas é desses feitos com dois outros nomes. Cleajane? Janiclea? Esqueci.

Tenho tido sorte de falar com mulheres desconhecidas. Sarah, Jane, Regilídia. Respectivas dentista, esposa de militar, e dançarina. Me sinto como se aprendendo a andar de bicicleta.

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