queria ganhar milhões de dinheiro, ficar super rico. do dia pra noite ter ao meu alcance tudo o que dinheiro compre: um ap pequeno, na praia. um carro. e viajar viajar meses, anos, até abusar. fazer curso de escritor no mesmo lugar que a yiyun li fez. fazer teatro. perambular pelo norte da áfrica, mediterrâneo, alexandria. escrever livros! de viagem. queria tudo isso pra, além de me dar bem, me experimentar. ver como me saio com a boca lambendo o anzol. testar minha cuca.
muita gente pira com dinheiro instantâneo... meu lado black: além de timbalada e olodum, fui vidrado no fugees, e depois na lauryn hill solo. adorava. lembro de rebobinar mudança de hábito 2 doentiamente pra ver a capela dela voz e piano. o tempo não pára, a mulher desapareceu do mapa da música. pesquisas no google indicam que ela pirou. entrou numa de ter filhos com o filho do bob marley. ela não vive com ele, que continua muito bem com a esposa oficial. lauryn mora com os filhos num hotel e segue rigidamente o que diz um pastor evangélico, estilo jim jones. mas, ela talvez esteja em paz, apesar de totalmente mad.
lembrei de lauryn porque estou ouvindo speech debelle, uma rapper inglesa. ouvi que ela fazia um som hip hop anti-hip hop, meio lounge. nem sei a diferença entre rap e hip hop. o fato é que o som dela é bom, tão diferente que parece pessoal, dela. pelo menos pra mim que não conheço. tem letra boa. o disco se chama speech therapy, que fala por si: exorcismos, carne viva, transformados em verso autêntico. pergunta recorrente que me fazem: qual teu tipo de música predileto? passei a dizer: música feita por gente boa, ponto. mas sempre descamba pra um complicado estudo de casos, pois acrescentam: tipo quem? tipo caetano, adriana, the jesus & mary chain, marnie stern, pato fu, cat power, nneka, roisin murphy, paralamas, feist, morrissey, amy (ela é uma merda; back to black é incrível). até kylie minogue é competente.
speech debelle queria ser uma espécie de tracy chapman mc. e realmente é bem isso. speech, que você não pire!
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