Essa outra, Jerry (1931) teve como modelo Jerry
French, amante de Paul. Jerry era casado com Margaret Hoening, também artista plástica. Formavam um menage a trois famoso. O que deixava Forster intrigado, ele que tinha o povo do Bloomsburry como referência, só que estes eram muito discretos em comparação com o trio novaiorquino. Parece que os três realmente funcionavam como um trio, iam pra cama juntos e tal. Essa pintura comemorava o Bloomsday, e também era bem subversiva pois ilustra o livro de Joyce, que na época estava proibido de circular. Era um livro maldito.
Cadmus produziu bastante e o trabalho dele é fantástico. Esse aqui é Arabesque, que tem várias versões tanto em gravura quanto pintura. Para Forster, tanto o trabalho quanto o estilo de vida dos amigos americanos o atraía por serem descomplicados, bem-humorados, sem medo. A condenação de Oscar Wilde o traumatizou. Talvez por isso os ensaios dele sejam repletos de mensagens subliminares, com as quais os artistas mais novos se identificavam: "Tolerance, good temper, and sympathy are no longer enough in a world which is rent by religious and racial persecution, in a world were ignorance rules..." e por aí vai num dos ensaios mais famosos dele, What I Believe.
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