"Publicar um livro não faz muito por nossa alma, mas é certamente uma experiência interessante. Aprendemos algumas coisas sobre nós mesmos e até mais sobre como somos interpretados."
As palavras acima são de Daniel Alarcon, escritor de origem peruana que pertence à nova geração de escritores norte-americanos. Ele revela numa entrevista que sua origem peruana influencia na recepção de sua ficção. Esperam que em sua biografia conste pais imigrantes ilegais, dificuldades financeiras, e uma força de vontade enorme para se tornar escritor devido a instrução que supostamente recebeu. Esperam, portanto, um exemplo de superação.
Na verdade, Daniel decepciona uns e outros ao informar que seus pais não eram imigrantes ilegais, mas profissionais de posição. Ele cresceu num ambiente culto e frequentou boas escolas. Até mesmo para o padrão americano, ele foi um privilegiado. No entanto, sua origem sócio-econômica é constantemente questionada em entrevistas. O que não ocorre, segundo ele, com seus pares de origem não latina. Ele pergunta:
"Todos os escritores - apesar de raça, gênero, idade, orientação sexual, origem étnica, língua nativa, identidade nacional, classe social - todos nós não tentamos escrever sobre gente que não é a gente? E como seria chato se assim fizéssemos!? Porque então esse questionamento?"
Fica claro o desconforto diante do preconceito. O caso dele mostra claramente o interesse que desperta a biografia de escritores, assim como a expectativa gerada por ela. Espera-se de um escritor como Daniel Alarcon, devido ao seu nome e origem, narrativas sobre a vida miserável do terceiro mundo ou da pobreza e marginalidade dos latinos ilegais nos
Estados Unidos. Como ele mesmo classifica, reportagens.
As palavras acima são de Daniel Alarcon, escritor de origem peruana que pertence à nova geração de escritores norte-americanos. Ele revela numa entrevista que sua origem peruana influencia na recepção de sua ficção. Esperam que em sua biografia conste pais imigrantes ilegais, dificuldades financeiras, e uma força de vontade enorme para se tornar escritor devido a instrução que supostamente recebeu. Esperam, portanto, um exemplo de superação.
Na verdade, Daniel decepciona uns e outros ao informar que seus pais não eram imigrantes ilegais, mas profissionais de posição. Ele cresceu num ambiente culto e frequentou boas escolas. Até mesmo para o padrão americano, ele foi um privilegiado. No entanto, sua origem sócio-econômica é constantemente questionada em entrevistas. O que não ocorre, segundo ele, com seus pares de origem não latina. Ele pergunta:
"Todos os escritores - apesar de raça, gênero, idade, orientação sexual, origem étnica, língua nativa, identidade nacional, classe social - todos nós não tentamos escrever sobre gente que não é a gente? E como seria chato se assim fizéssemos!? Porque então esse questionamento?"
Fica claro o desconforto diante do preconceito. O caso dele mostra claramente o interesse que desperta a biografia de escritores, assim como a expectativa gerada por ela. Espera-se de um escritor como Daniel Alarcon, devido ao seu nome e origem, narrativas sobre a vida miserável do terceiro mundo ou da pobreza e marginalidade dos latinos ilegais nos
Estados Unidos. Como ele mesmo classifica, reportagens.
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